Nasci(e) no centro um olho d´àgua, que corre como um calango do bico doce em direção ao pico da colina do vale, e é gostoso vê-lo atingir e ir peixes traíras, molucos, camarões e aves ao mar. Mas, não só de sonho vive o vale, neste raiar de sol podemos dizer que uma realidade palpável abrolha em suas vidas. Como um girassol pode ser um sem o sol, um gira lua? E sem Lua?
Astros, estrelas e cometas que mal alumia-se para ter so(m)bra, porém como um passe de mágica do mundo dos sonhos real, é tanta luz que perdemos o foco, ficamos cegos com três olhos e trejeitos de estatuas mudas imóveis boquiabertas, aí aí vias.
Murilo Cezar (Cízar), publicado no livreto de letras & prosa do III Encontro Cultural do Vale do Gramame